quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Professor de Araguaína concorre ao Troféu Amigos da Filosofia com projeto desenvolvido em escola

Professor de Araguaína concorre ao Troféu Amigos da Filosofia com projeto desenvolvido em escola
Fonte: AF Notícias - Da Redação - 19/08/14 14h59
Divulgação
Professor de Araguaína concorre ao Troféu Amigos da Filosofia
Da Redação

O professor araguainense Geraldo Alves Lima é o autor de um dos 49 projetos inscritos que concorrem ao Troféu Amigos da Filosofia. O prêmio é organizado pela 
Editora Sophos e já está na sua 5ª edição. Filósofos e professores de todo o país inscreveram seus projetos.  O professor é o único do Estado do Tocantins a ser aprovado e levado à votação.

Geraldo Lima é professor universitário e também leciona no Colégio Olimpo, onde desenvolve o projeto "
Reflexões no Olimpo". Ele é fundamentado na Coleção "Filosofia Início de uma Mudança" e objetiva sensibilizar e promover a solidariedade e responsabilidade social, aproximando os alunos e seus familiares das instituições de cunho social, para a reflexão sobre o quadro social local.

As atividades são realizadas nos períodos do intervalo escolar, durante as aulas de filosofia e também fora da escola. Segundo o professor, as visitas de alunos e seus familiares às instituições sociais foram as atividades base do projeto, que conta também com um “Núcleo Olimpo de Solidariedade-NOS”, que visa possibilitar a manutenção das ações sociais dentro do colégio.

Geraldo Lima explicou ainda que o projeto tem continuidade, visto que a filosofia viva se efetiva na relação dos conteúdos trabalhados no material didático com ações reais de responsabilidade social da comunidade escolar.


Os alunos visitaram casas de acolhimento, abrigo de idosos e entidades representativas de indígenas.

Como votar no projeto

Para votar no projeto "Reflexões no Olimpo" basta clicar no link http://www.editorasophos.com.br/. Daí, abrirá uma nova página onde o internauta coloca seu nome, e-mail, a escolhe o Colégio que receberá o voto, neste caso, “Colégio Olimpo de Araguaína”, depois clica em “votar”. Logo em seguida seu voto será computado
.
 


Video a felicidade do ter


Autoconhecimento atraves da expressão corporal para mulheres com fibromialgia

- AUTOCONHECIMENTO ATRAVÉS DA EXPRESSÃO CORPORAL PARA MULHERES COM
FIBROMIALGIA
6
Silvana Parente Costa
7
Geraldo Alves Lima
8
Resumo:  A utilização da arte como intervenção terapêutica em mulheres com fibromialgia ajuda a melhorar a  imagem corporal das pacientes e fornece ferramentas para que descubram o seu potencial expressivo através da dança, vídeo e artes cênicas. O desenvolvimento desta técnica é o resultado da experiência da  pesquisadora Silvana Parentte adquirida no Brasil e aperfeiçoada durante a conclusão do doutorado na Espanha. Em seguida por meio do presente artigo com os tópicos: Introdução, Fibromialgia: O Conceito,  Arteterapia, Objetivo, Metodologia, Observações Pertinentes ao Processo e Resultados; o leitor do presente artigo entenderá o processo e o beneficio da metodologia de intervenção artística para as pacientes fibromiálgicas.
Palavras-chave: Dança, Dor, Fibromialgia, Autoimagem, Artes Cênicas, Estátua e Cura.
Self expression through the body for women with fibromyalgia
Abstract: The  use of art as a therapeutic intervention in women with fibromyalgia helps improve body image of patients and provides tools so that they busted their expressive potential through dance, video and performing arts. The development of this technique is the result of the experience of the researcher Silvana Parentte acquired in Brazil and perfected on a doctorate in Spain. Then by means of this article with the topics: Introduction,
Fibromyalgia-concept, Art Therapy, purpose, Methodology, and Results Relevant to the Process Observations, the  reader of this article will understand the process and benefits of the methodology of artistic intervention for fibromyalgia.
Keywords: Body, Fibromyalgia, Dance, Arts,Pain.
Autoconocimento através de la expresión corporal para mujeres con fibromialgia
Resumen:  La  utilización del arte como intervención terapéutica en mujeres con fibromialgia, ayuda a mejorar la imagen del cuerpo de las pacientes  y proporciona herramientas para que ellas descubran su potencial expresivo
através de la danza, el video y las artes escénicas. El desarrollo de esta técnica es el resultado de la experiencia
que la investigadora Silvana Parentte adquirió en Brasil y a perfeccionado en un doctorado en España. Aquí, por
medio de este artículo con los seguintes temas: Introducción, Fibromialgia-concepto,  Arteterapia, el Propósito, la
Metodología, Observaciones Pertinentes al Proceso y Resultados, el lector va a entender el proceso y los
beneficios de la metodología de intervención artística para la fibromialgia.
Palavras-clave: Dança, Dor, Fibromialgia, Estatua, Teatro, Arteterapia.
Introdução
O incomodo causado no corpo das pacientes fibromiálgicas altera a sua rotina e  os seus limites de expressão na sociedade. Pode ocasionar também um estigma na paciente e, em alguns casos, acarretar ganhos secundários por não poderem cumprir com as tarefas sociais realizadas anteriormente. O trabalho de investigação terapêutica da Expressão Corporal, no tratamento da Fibromialgia, pretende resgatar o potencial expressivo das pacientes por meio da arte corporal. Facilitando e/ou promovendo o conhecimento da autoimagem e sua reintegração na sociedade, após as descobertas de suas possibili dades expressivas.
Até o presente momento não há trabalhos na literatura voltados para essa área do exercício físico visando o
resgate da expressão. Com isso, o presente artigo mostra a investigação iniciada em 2010 como parte da minha Tese de Doutorado em Belas Artes e Ciência da Educação na Universidade de Granada (UGR)  -  Espanha. A investigação tem como antecedentes outros estudos realizados no Brasil desde 2008. Desta forma, são seis anos de estudo e investigação da expressão artística do corpo em mulheres com fibromialgia com diferentes enfoques.
6
Pesquisa realizada em São Paulo/SP e Granada/Espanha
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Bailarina Clássica (Madiana Romcy Fortaleza Ceara), Atriz (Casa das Artes de Laranjeiras Rio de Janeiro),
Comunicadora Social (Fanor), Especialista em Psicopedagogia e Arteterapia (FPA), Doutoranda em Ciência da
Educação (UGr). E- mail: silvanaparentelopez@gmail.com
8
Graduado em Filosofia (UECE), Mestre em Educação, Administração e Comunicação (USM – SMARCOS),
Especialista em Administração Escolar (UNIVERSO)
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Fibromialgia: O Conceito
Pretendo descrever aqui um breve histórico sobre a doença, mostrando as mudanças nos critérios e a
forma do diagnóstico. Pois se trata de uma enfermidade que segue em estudo e investigação para descobrir as
causas, a cura e a etimologia.
Segundo  Ortiz & Gonzalez (2006, p.4) “[...] a fibromialgia é considerada uma síndrome de dor crônica
generalizada com duração superior a três meses. O sistema músculo esquelético é afetado e o paciente tem uma
alta sensibilidade à pressão em determinadas áreas do corpo. Este sintoma é acompanhado por sono não
reparador e cansaço”.
“[...] Há registros na literatura que afirmam que a dor muscular sensível à palpação e dor
generalizada no corpo começou a ser observada em pacientes por Bafauld em 1824 e
por Valleix em 1841. Em 1904, Stockman da Universidade de Glasgow - Escócia realizou
a biópsia das zonas musculares dolorosas, mostrando a presença do processo
inflam atório no tecido conjuntivo. No mesmo ano, William Gowers, introduziu o termo
"fibrosite", que durante muito tempo foi usado para várias entidades clínicas, incluindo as
partes moles do corpo. Partir de 1981, Stockman, informou que as alterações
inflamatórias encontradas não foram confirmadas. Yunus propôs o termo “fibromialgia",
que é adotado pela maioria dos autores” (MARTINEZ, 1997, p.100).
A fibromialgia é uma doença que afeta predominantemente as mulheres interferindo diretamente em seus
cotidianos por conta da dor generalizada no corpo, da intolerância ao exercício físico, das alterações no sistema
nervoso autônomo, das dores de cabeça crônicas, dos distúrbios do sono e de outros sintomas que estão sendo
estudados.
“[...]  A Classificação de Fibromialgia foi proposta pela American College of
Rheumatology (ACR), num estudo realizado por Lobo et al em 1990 que promoveu
pesquisas sobre essa síndrome, no qual foi proposta a hipótese de, "a priori", que a
localização e  a distribuição de dor, bem como sintomas de rigidez matinal, fadiga,
perturbações do sono e da quantidade, localização e de definição dos pontos gatilhos
para digitopressão (tender points) poderiam diferenciar os pacientes com fibromialgia
com os indivíduos saudáveis. O diagnóstico é clínico quando o paciente possui queixas
dolorosas musculoesqueléticas difusas em 11 dos 18 pontos pesquisados por meio de
dígito pressão e padronizados pelo ACR” (MARQUES, 2004, p.1).
Em 2010, os critérios foram modificados  e aproximadamente 25% dos pacientes com fibromialgia não
atendiam aos critérios classificados em 1990 pela ACR. Em maio de 2010, a ACR publicou um critério simples e
prático para o diagnóstico clínico da fibromialgia, adequados para uso em cuidados de saúde primários e cuidados
especializados de que não necessitam de um exame dos pontos dolorosos e fornecem uma escala de gravidade
(SS) para os sintomas característicos da fibromialgia. Esta definição de caso clínico simples da fibromialgia
classifica corretamente 88,1% dos casos classificados pelos critérios da ACR, e não requer um exame físico de
um ponto sensível. A escala de SS permite avaliar a gravidade dos sintomas em pacientes diagnosticados com
fibromialgia pela classificação da ACR e em pacientes que  não foram aplicados em nenhuma classificação. Será
especialmente útil a avaliação longitudinal do paciente com uma variável sintomática (WOLFE et al, 2010).
Segundo  Maeda, Martinez & Nedser (2006, p.2) “[...]  os fatores psicossociais também influenciam na
gravidade dos sintomas que, num mecanismo de círculo vicioso, geram incapacidade funcional e alterações
psicológicas e afetivas em graus variáveis”. Podendo afetar a comunicação do paciente com familiares e com o
ambiente que o circunda.
Arteterapia
O  conceito de  Arteterapia  é bastante amplo e variado, de um modo geral é considerado como um
processo terapêutico por meio da utilização da arte. Para o psicanalista Winnicott, o processo criativo é uma área
de "experiências" que faz a mediação entre as realidades internas e externas do  indivíduo (CAO & DÍEZ, 2006).
Com esse raciocínio, percebe-se, que a ferramenta da arte possui uma possibilidade de comunicação que
ocasiona uma mediação, a qual pode ser utilizada como ferramenta comunicacional entre os profissionais que a
utilize.
Valladares (2003) exemplificou que a arte e a criatividade podem ser construídas na essência para
determinadas áreas de trabalho, que muitas vezes são confundidas entre si. Dentre as quais podem ser citadas a
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Arteterapia, a terapia expressiva, a arte em psicoterapia, a arte educação e a terapia ocupacional. Entretanto o
uso e a leitura destas podem ocorrer em diferentes níveis e sob a visão de várias teorias.
Mesmo com um conceito amplo, a arte vem sendo estudada e investigada na  utilização como intervenção
terapêutica para sensibilizar e ajudar na comunicação com o paciente, transformando se em  Arteterapia. A
Arteterapia  iniciou-se ao mesmo tempo nos Estados Unidos e no Reino Unido entre os anos de 1930 e 1960
construindo a sua própria autodisciplina. Ao mesmo tempo em que se alimentava com o grande número de
abordagens, se dissociou progressivamente a prática da Educação Artística e da Terapia Ocupacional, dando
papel reducionista às atividades plásticas em ambos os diagnósticos psiquiátricos e o uso de psicoterapias verbais
(LÓPEZ MARTÍNEZ, 2009).
A  Arteterapia  aborda o uso da linguagem artística baseada na conscientização do paciente através de
materiais de arte, a qual entra em contato com os sentimentos e as alterações descritas em seus elementos no
seu estado inconsciente e emocional atual. Jung, na década de 20, usou a arte como parte do tratamento de seus
clientes. Ele considerava como material artístico, a representação das imagens e os sonhos como uma
simbolização do inconsciente individual e coletivo. Estudou e observou símbolos de diversas culturas e mitologias,
e juntando aspectos similares criou o conceito de arquétipo, algo que favorece o psiquismo do ser humano. Jung
considerava a criatividade como uma função psíquica  e natural da mente humana, com a função estruturante do
pensamento (VALLADARES, 2003).  Com estes elementos simbolizados no material artístico produzido pelos
pacientes, pode-se descobrir o que os afligia. Essa informação faz parte do processo terapêutico da arte. A função
da Arteterapeuta está envolvida em determinar quais são as ferramentas artísticas necessárias para tratar o
paciente, além de descobrir o que o aflige. O efeito humanístico e reabilitador de arte como terapia é muito
abrangente e encantador.  Coqueiro, Vieira & Freitas (2010)  afirmaram que a  Arteterapia  possui práticas
humanizadas para reabilitar a mente, o comportamento e a reintegração psicossocial do paciente na sociedade.
Isso ocorre porque a arte é uma forma de expressão individual e ilimitada.
Partindo desse prisma, a utilização da  Arteterapia  em pacientes com fibromialgia, auxilia no tratamento
farmacológico, por sensibilizar e reabilitar a mente e facilitar a reintegração corporal. A seguir será exposto todo
processo de investigação da intervenção arteterapêutica em mulheres com fibromialgia.
Processo de Estudo Realizado no Brasil
Depois de um processo de observação realizado em pacientes com fibromialgia no ambulatório do Hospital
das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) foi iniciado sob a orientação
da reumatologista, Dra. Lais Verdame Lage, um plano de exercícios, determinado em dez sessões com duração
de 60 minutos cada, divididas em fases: fase A, relaxamento; fase B, movimentos livres do corpo (MLC) e posição
de estátua (corpo imóvel); e fase C, plástica e teatro-desenho, argila, escultura com tela de arame e apresentação
de cenas. Cada fase continha a descrição de três sequências de grupos de exercícios, divididos em A1, A2, A3,
B1, B2, B3, C1, C2 e C3. Todas as sessões tinham as três fases, com escolha aleatória do grupo de exercícios
para compor as dez sessões. Os pacientes eram previamente avisados que os exercícios seriam orientados pela
a artista e pesquisadora Silvana Costa, autora desse presente artigo, a qual estava estudando os efeitos da arte
na diminuição das dores de pacientes fibromiálgicos que possuíam acompanhamento médico.
As sessões obtiveram 40% de faltosos, sendo os exercícios mais efetivos os de MLC e a estátua, ambas da
fase B. Nesta fase as pacientes faziam os movimentos livres do corpo, com e sem música, preenchendo os
espaços vazios da sala e ao toque das palmas da pesquisadora as pacientes ficavam imóveis no movimento em que estavam naquele momento na posição de estátua. Na fase C as apresentações das cenas serviram aos  pacientes como uma forma de redesenhar, de sentir e de visualizar tudo o que foi vivenciado nas fases A e B.
Já outros elementos da fase C, como os exercícios que compõem a parte plástica, foi observado  que foram
importantes, mas excessivos para serem testados como processo da fase C. Para exemplificar melhor, o desenho, a utilização da argila e a tela de arame também foram importantes, fazendo com que elas refletissem no material seus medos, suas dores  e suas inseguranças. Deixando evidente o medo de errar, enfatizados pela utilização de frases como: “-  Eu não sei fazer”, “- ficar feio”, “- Eu não tenho jeito para isso”, mostrando que o perfeccionismo é das características da doença.  Segundo Lage (2009) é  uma prática clinica do ambulatório do HCFMUSP, questionar se os pacientes estão ansiosos e perfeccionistas, pois os fibromiálgicos são indivíduos exigentes e que se cobram o tempo todo.
O tempo dado para cada sessão foi considerado pequeno, o que fez  observar que as artes plásticas
estavam em excesso nessa intervenção. Quando o processo de autoconhecimento e de compreensão da doença começava, estava na hora de acabar a sessão. Então se observou que misturar as artes plásticas com os movimentos corporais, requer um tempo maior do que 60 minutos para cada sessão, pelo menos em pacientes com fibromialgia. Com isso, foi decidido criar uma nova metodologia, nas dependências da Universidade de
Granada (UGR), baseada nos relaxamentos, movimentos livres do corpo e na posição de estátua.
Objetivo
Este trabalho tem como objetivo comprovar a validez do uso de técnicas de reabilitação através de ferramentas artísticas em mulheres com fibromialgia. Determinar a melhora na compreensão da doença a partir da observação da autoimagem com a utilização de ferramentas artísticas, com o intuito de facilitar o processo das sessões nos seguintes resultados: a autoimagem, a extensão do movimento do corpo, a compreensão da própria doença, a conscientização corporal, o confronto de dor e a superação, enfrentando sensações e movimentos incomuns.
Metodologia
Foram realizadas duas oficinas na Espanha: a primeira em Campillos de Malaga em junho de 2011 com 12
participantes e a segunda em Guadix em julho de 2012 com 10 participantes. Em ambas foram utilizados
elementos artísticos, como: dança, teatro, vídeo e escrita como ferramentas para incentivar a expressão artística através do corpo e o conhecimento da autoimagem.
Para fazer com que as pacientes pensassem, questionassem e descobrissem a sua imagem corporal de
modo renovado e restaurado, por meio das ferramentas artísticas escolhidas, foi utilizada a técnica em grupos com sessões já programadas. Totalizando seis sessões ao longo de três semanas, as quais foram devidamente estruturadas para serem mais úteis quando os objetivos são bem definidos anteriormente (MARTINEZ, 2011). A fim de saber se essa intervenção pode melhorar a imagem corporal destes pacientes.
Ao todo foram ministradas seis sessões de 60 minutos cada, para cada grupo. Essas sessões foram filmadas e mostradas para as pacientes na última sessão, para facilitar a autoanálise.  Pois na pesquisa de Bojner Horwitz (2004) foram utilizadas ferramentas de vídeo e dançaterapia em pacientes fibromiálgicos, resultando
numa melhora na qualidade e a ausência da dor durante os movimentos, melhorando a mobilidade dos pacientes. Como tem mostrado efetivo para o movimento, desta vez, a ferramenta do vídeo foi escolhida para facilitar a auto-observação das pacientes em todo processo das sessões.A forma para estimular a expressão do corpo das pacientes e fazê-las entrarem em processo de autoanálise, foi por meio do vídeo, da dança, das artes cênicas e da escrita. Na primeira sessão as pacientes falaram diante da câmera, sobre quando elas começaram a sentir dor e o que elas faziam em suas rotinas. O objetivo de colocá-las para falar olhando para uma câmera, é de promover a sensação de ser escutadas, pelo fato das amigas estarem ali e da gravação servir como estudo investigativo. O processo de falar também serviu para incentivar a expressão, iniciando o processo de autoconhecimento fazendo com que as pacientes chegassem à conclusão de quando e como começou a dor e de quando começaram a priorizar seus problemas em sua rotina diária.
O vídeo foi utilizado também para que as pacientes se vissem na última sessão. Então as sessões de dança
e artes cênicas  foram  gravadas. Esta ferramenta filmou os pacientes no processo de dança, e foi eficaz na
pesquisa de Bojner Horwitz (2004), publicada na Acta Universitatis upplasa upsaliensis.A dança e as artes cênicas estavam ligadas, pois as pacientes fizeram o aquecimento com alongamento, antes de iniciar os movimentos livres do corpo, no qual foi pedido para que caminhassem livremente pela a sala preenchendo os espaços vazios, olhando uma nos olhos das outras com movimentos exagerados buscando a expansão, mas observando a possibilidade de cada uma, para não se machucarem. Em seguida foi acrescentado música, e foi pedido para que dançassem como queriam. Após 5 minutos de dança foi pedido para que fizessem a posição de estátua a cada palma dada. Esse processo de palma foi acionado a cada minuto e cada estátua feita era observada por mim mesma em torno de 10 segundos. No final de cada sessão foi feita uma apresentação em grupos com duas e/ou três pacientes, de uma cena com as estátuas feitas no processo da dança. Foram dados 5 minutos para que elas elaborassem antes de se apresentação para todo o grupo.
Para Wengrower & Chaiklin (2008, p.36) “[...] a experiência pode não ser sempre articulada cognitivamente, mas ainda tem um significado na vida do indivíduo. Improvisações são geralmente autodirigida e vem do inconsciente ou pré-consciente e, portanto, o movimento da dança tem um significado simbólico”. O processo de “fazer estátua”, fez com que as pacientes desenvolvessem os movimentos, organizassem sensações e se observassem. E ao assistir todo esse processo no vídeo, fez com que as pacientes refletissem
sobre as suas possibilidades de movimento e expressão. Para depois pudessem escrever o que aprenderam
diante de todas as sessões e os vídeos que viram.A escrita serviu para que as pacientes visualizassem a consciência de si mesmas e de seus próprios corpos. Deste modo, elas mesmas tiraram suas próprias conclusões sobre como viver com a doença e de como encontrar novas possibilidades para viverem bem com seus corpos.
Observações Pertinentes ao Processo
Em princípio, as pacientes pareciam vergonhosas e tímidas, até mesmo para ficar de frente da câmera e
responder as perguntas. Após a primeira paciente se encorajar e dar a entrevista para a câmera, o resto do grupo se encorajou também. Essa ação de falar na frente para câmera sobre sua vida e a sua doença serviu como um desabafo e se sentiram vistas e identificadas.
Nas sessões de dança as pacientes sentiram um desconforto no início, eu expliquei que fazia parte do
alongamento, mas que elas tinham liberdade de parar, caso quisessem. Nenhuma delas parou e cada uma fez
como podia e no seu próprio tempo, mostrando a capacidade de superação. Elas ficaram muito pensativas quando foi pedido para que realizassem os movimentos livres do corpo, com e sem música, que observassem os movimentos das companheiras e o espaço onde estavam. Resultando num movimento corporal lento e até mesmo, ausente por parte de algumas pacientes. Elas se observaram em torno de 10 minutos e logo depois já se sentiam mais à vontade para criar seus próprios movimentos, para sorrirem e para trocarem olhares entre si.
Depois disso, eu pedi para acrescentar a posição de estátua aos movimentos, esta ordem fez com que observassem suas sensações internas. Quando passaram para a terceira fase, quando criaram uma cena final
com as estátuas feitas, as pacientes começaram a explicar o porquê da posição de estátua, buscando um sentido para a escolha da pose, exercitando assim a auto-observação “[...] A linguagem, ou melhor, o modo de atuar, da conscientização do movimento deve possibilitar ao corpo a capacidade de reflexão, para que possa refletir não as regras estipuladas para serem obedecidas, mas a compreensão de suas relações e de como elas se processam na dinâmica da vida” (CASTILLO, CALAZANS & GOMES, 2003, p.9).
As pacientes assistiram com muita atenção aos vídeos que mostravam toda a evolução do tratamento,
gerando autocríticas de suas aparências e proporcionando emoção ao observarem a entrevista da primeira
sessão, quando falam sobre a doença. Ficaram sérias, pensativas e muito atentas quando foi pedido para que observassem as respostas dadas para as perguntas feitas. Como retratou Paulo Freire ao falar da importância da palavra: “[...] quando tentamos um adentramento no diálogo, como fenômeno humano, se nos revela algo que já podemos dizer ser ele mesmo: a palavra. Mas, ao encontrarmos a palavra, na análise do diálogo, como algo mais que um meio para que ele se faça, se nos impõe buscar, também seus elementos construtivos” (FREIRE 1970,p.44).
Foi percebida uma cumplicidade entre as pacientes. Pois ao olharem o vídeo ficaram satisfeitas com os
movimentos  que conseguiram realizar. Este processo de cumplicidade foi muito importante, pois as pacientes detectaram as mudanças em seus corpos, as possibilidades de movimento, os medos e as suas tentativas. Fazendo se presente a afirmação de Wengrower & Chaiklin quando diz que se “[...] institui a ideia de que não podemos descartar o corpo como uma fonte de informação, como um lugar de cura e manifestação da doença, e não apenas físico. Suas posturas, movimentos, modo de ocupar o espaço, analogicamente e simbolicam ente falar de tensões, emoções, relacionamentos e histórias” (WENGROWER & CHAIKLIN, 2008, p.19).
Resultados
Os resultados obtidos tomam como base as observações do processo e as análises das imagens e da
escrita. Mostra se pertinente em todo processo a  capacidade de superação das pacientes, o processo de auto-observação do corpo, e a amplitude de movimento alcançado com a observação e ação de dançar. Foi bastante notória a melhora na elaboração do movimento e da expressão deste quando fazem as cenas finais com as estátuas. E todo esse processo serviu para a conscientização da doença e do autocuidado que elas devem ter consigo mesmas. Pois com os momentos de dificuldades, de superação, de risos e de histórias contadas no vídeo, as pacientes perceberam a importância de ficarem atentas a elas mesmas e aos seus corpos. Visto que podem realizar muitas ações expressivas e criativas além de sentir dor.
Referências
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verbal, visual and hormonal analyses. 2004. 76 p. Tese (Doutorado) Faculty of Medicine, Department of Public
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COQUEIRO, N. F; VIEIRA, F. R. R; FREITAS, M. M. C. Arteterapia como dispositivo terapêutico em saúde mental.
Acta Paul. Enferm. vol. 23, n. 6, p. 859-862. São Paulo, 2010.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970. 
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quarta-feira, 10 de abril de 2013


Arquitetura da felicidade

A palavra felicidade tem vários significados, sempre contextualizados em um conceito de cultura. Para os antigos gregos; relacionava felicidade com as emoções e principalmente com a palavra  PRAZER .Logo podemos afirmar o grau de dificuldade em definir com rigor a felicidade. Neste momento utilizarei o conceitode (EPICURO –IV e III a.C), que defendia que a melhor maneira  de alcançar a felicidade  é através da satisfação dos desejos de uma forma equilibrada,que não perturbe a tranquilidade do individuo.

Se a felicidade passa por um processo de identificação direta com a cultura é necessário entender os meios, o espaço de relação, para compreender como funciona o aprendizado da felicidade. Não nascemos felizes ou infelizes, internalizamos o valor da felicidade com o tempo. Dependemos do que está em nossa volta, para personificar os estados de espirito e as ideias que respeitamos. Tudo tem um significado. Colocamos ao nosso redor formas, corese materiais, que nos comunicam , com aquilo de que precisamos interiormente.Com isso apreendemos honrar nossos lares e locais em que transitamos com as devidas identificações.

“Precisamos de um lar no sentido psicológico, tanto no sentido físico:para compensar uma vulnerabilidade. Precisamos de um refugio para proteger nossos estados mentais, porque o mundo em grande parte se opõe as nossas convicções”*.(ALAN de BOTTON) Logo  a felicidade esta no caminho entre seu lar e o resto do mundo.

A arquitetura da felicidade, sempre acompanhou os seres humanos, como forma de materialização do espaço de identificação da busca da felicidade. Através de uma segurança como forma de proteger lugares de espiritualidade, referenciasde gerações passadas e desejos futuros.

A Palavra FELICIDADE nos remete a um sentimento de estar feliz na cidade .Para verificar seu nível de felicidade, observe as formas, cores, os desenhos ,as posições dos objetos de forma geral,o jeito das pessoas e dos animais.Não esqueça o seu lar o seu refugio: se as coisas que estão ao seu redor propulsiona sua humanidade em direção a felicidade.

Breve currículo do autor:

Geraldo Alves Lima, Mestre em Comunicação, Administração e Educação pela São Marcos-SP, com área de concentração em memória e tempo presente, Especialista em administração escolar-Universidade Salgado de Oliveira-RJ, e Filósofo-Universidade Estadual do Ceará-UECE. Atualmente é professor da Faculdade católica Don Orione. Pesquisador do NUPEX.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O Humor uma virtude moral

HUMOR
UMA VIRTUDE MORAL
O humor : Uma virtude Moral
A palavra virtude vem do latim vir, que designa “o homem” o “varão” (daí o adjetivo viril). Virtude é poder. Portanto, o homem virtuoso nada tem de frágil; ao contrario, virtude é capacidade de ação, é potencia.Para Kant, a “virtude é forca de resolução que o homem revela na realização do seu dever”
VIRTUDE
Virtude é poder, mas poder específico. A virtude de um homem é o que o faz humano, ou antes, é o poder especifico que tem o homem de afirmar sua excelência própria, isto é, sua humanidade.

VIRTUDE
A virtude ocorre, assim, no cruzamento da hominizacão (como fato biológico) e da humanização (como exigência cultural), capacidade de agir bem.”Uma disposição adquirida de fazer o bem” (ARISTÓTELES).O bem não é para se contemplar, é para se fazer.
VIRTUDE
“Pensar as virtudes é medir a distancia que nos separa delas” (SPONVILLE). A reflexão sobre as virtudes não torna ninguém virtuoso.
VIRTUDE
HUMOR
É ridículo levar-se a sério. Não ter humor é não ter humildade, é não ter lucidez, é não ter leveza, é ser demasiado cheio de si, é estar demasiado enganado acerca de si, é ser demasiado severo ou agressivo, é quase sempre carecer, com isso, de generosidade, de doçura, de misericórdia. (SPONVILLE).
HUMOR

O humor faz parte, de pleno direito, do espírito humano.
HUMOR UMA VIRTUDE MORAL
HUMOR UMA VIRTUDE MORAL

“ Nossa própria e peculiar condição é tão ridícula quanto risível”(MONTAIGNE)
HUMOR UMA VIRTUDE MORAL
O humor aparece revestido de certo heroísmo, caracterizado como coragem de rir, e de fazer rir, diante de circunstancias que nos parecem trágicas (FREUD).
HUMOR UMA VIRTUDE MORAL
O humor é o oposto do ressentimento, essa forma de amargura ativamente cultivada por aqueles que se recusam a admitir sua própria responsabilidade em se colocar na posição de vitimas do destino (KEHL).
HUMOR UMA VIRTUDE MORAL
Humor não é resignado e sim rebelde. A atitude humorística diante da vida representa, um dos recursos que o homem desenvolveu para reagir ao sofrimento e a opressão. (FREUD).
HUMOR UMA VIRTUDE MORAL
O humor talvez seja a arma que nos encoraja a enfrentar certos riscos decorrentes das empreitadas em que nos metemos tentando transformar alguns aspectos da realidade para relacionar com o principio do prazer.

HUMOR NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO
“Humor constitui uma arma da alma na luta por sua autopreservação, criando uma Distância e permite que a pessoa se coloque acima da situação, mesmo que somente por alguns segundos” (FRANKL),a tentativa de enxergar as coisas numa perspectiva engraçada constitui um truque útil para a arte de viver.
HUMOR NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO
Na visão de FRANKL em sentido figurado, se poderia dizer que o sofrimento do ser humano é como algo em estado gasoso. Assim como determinada quantidade de gás preenche um espaço, oco sempre de modo uniforme e integral, não importado as dimensões.Desse espaço, o sofrimento ocupa toda a alma da pessoa humana, o consciente humano, seja grande o pequeno.
HUMOR NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO
O humor relativiza o tamanho do sofrimento humano, resulta, ainda que algo quase insignificante pode proporcionar a maior das alegrias. Neste momento o humor tem função primordial para concretizar esta mudança aumentando seu valor como virtude.
HUMOR E REFLEXÃO

É necessário estar com a mente, o espírito relaxado para iniciar a focalizar o que se deseja.
HUMOR E REFLEXÃO
Toda grande observação começa com uma auto-observação de sua condição: emoções, pensamentos e naturalmente isso e ridículo, logo toda reflexão em seu inicio e geradora de um sorriso natural.
HUMOR E REFLEXÃO

Toda condição geradora de reflexão é rica em contrastes.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

As empresas são atores morais

As empresas são atores morais?
As pessoas são agentes morais.
As empresas são atores morais?
As instituições, ponto de vista moral, são estruturas estranhas. Elas não têm um corpo, nem alma que possamos condenar. Não tem uma consciência que não as deixe dormir em paz.
As empresas são atores morais?
Se uma empresa pode ser considerada como um “ coletivo” moral,depende antes de tudo do grau de liberdade de ação que ela deixa aos seus membros.
As empresas são atores morais?
Quando não existe a liberdade de ação, ou quando ela é muito pequena,então as virtudes dos membros individuais da organização deixam de ocupar o primeiro plano da análise ética, sendo substituídas pela rigidez da estrutura organizacional e pelos princípios diretores da organização.
VIOLÊNCIA ESTRUTURAL
“ Método de bom adestramento” são suficientes para a domesticação institucional.” (FOUCAULT).
Cultura empresarial exerce uma influencia direta sobre o clima ético de uma empresa.
Logo as empresas mesmo como pessoa jurídica não podem exercer atos morais.
As pessoas são agentes morais
Uma empresa nunca age apenas como uma instituição jurídica e econômica abstrata, mas sempre através da grande quantidade de pessoas que nela trabalham nos diversos planos hierárquicos.
As pessoas são agentes morais
Mas o que dificulta essa grande quantidade de pessoas tornarem sujeitos de suas historias e a relacao entre ator e sistema. Quando o “ sistema e responsabilizado por tudo, os atores sociais desaparecem do campo de visao, o que necessariamente importa e modificar o “ sistema”

As pessoas são agentes morais
“ O mal acontecia , ou era admitido,por ausência de reflexão,por causa de uma manifesta falta de pensamento autônomo,da obediência a rotinas prescrições de comportamento de um sistema demoníaco.
As pessoas são agentes morais

As pessoas, qualquer que seja o contexto institucional que tem que ser responsabilizadas como atores morais.
As pessoas são agentes morais
Nas sociedades não e possível se imaginar nenhuma situação em que coletividades possam ser tratadas como sujeitos da ação. Pelo contrario,os efetivos sujeitos das ações sempre são pessoas individuais.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Aula sobre ciência

O senso comum e o bom senso
O senso comum é o conhecimento de todos nós;
Bom senso é o conhecimento cientifico ou uma forma de reflexão filosófica.

Ciência e filosofia
A palavra ciência vem do latim scientia , que significa “sabedoria, “conhecimento”. A ciência se caracteriza pela busca de conhecimento sistemático e seguro dos fenômenos do mundo. Uma forma de controle da natureza.

Nietzsche
O filósofo alemão Nietzsche:Para ele, não é natural e pacífico conhecer a natureza. O conhecimento se dá através da força e da dominação, isto é, todo conhecimento implica poder.

Adorno
Adorno disse: “o ditador trata o homem como o homem trata a natureza: ele os conhece para melhor os controlar”

Kant
Kant em seu livro Crítica da razão pura diz: “A razão , assim ,se aproxima da natureza não como um aluno que ouve tudo aquilo que o professor se decide a dizer, mas como um juiz que obriga a testemunha a responder a questões que ele mesmo formulou.”

O método Cientifico
O método científico apresenta, de modo geral, uma estrutura lógica que se manifesta nas etapas a serem percorridas para a solução de um problema.

Etapas:
Enunciado de um problema
Formulação de hipótese
Testes experimentais da hipótese
Conclusão


O mito da Ciência
O método científico como um procedimento que admite falhas e à própria indefinição do que seja a verdade.


“Não existe nenhum caminho lógico que nos conduza( às grandes leis do universo). Elas só podem ser atingidas por meio de intuições baseadas em algo semelhante a um amor intelectual pelos objetos da experiência”
EINSTEIN, Albert. Como vejo o mundo,p46

O REORDENAMENTO DO MUNDO PELA RAZAO CIENTIFICA
A autonomia da ciência começou com a revolução científica iniciada por Galileu , afastando-se da filosofia. Durante os séculos XIX e XX que algumas descobertas voltaram a revolucionar os princípios da ciência.
THOMAS KUHN
O filosofo da ciência, desenvolveu sua teorias acerca da historia da ciência entendendo-a não como um processo linear, mas como uma sucessão de paradigmas(modelo) que se confrontam entre si.
Kuhn distingue duas formas de ciência:
Normal, que se desenvolve dentro de um certo paradigma , acumulando dados e instrumentos em seu interior.
Extraordinária, que surge nos momentos de crise do paradigma, propondo um novo paradigma.